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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Dom Luciano, especial dom de Deus

Margarida Drumond de Assis

A comunidade latino-americana e caribenha partícipe do Mutirão da Comunicação terá o privilégio de viver a alegria do lançamento de Dom Luciano, especial dom de Deus, documentário biográfico da escritora Margarida Drumond de Assis. Será no dia 5 de fevereiro de 2010, às 20h, na PUCRS, na solenidade da premiação da CNBB e OCLACC.

Em Dom Luciano, especial dom de Deus, o leitor conhecerá a vida e obra de Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, e, paralelamente, a caminhada da Igreja, ao tempo do arcebispo, desde 1947 – sua entrada na Companhia de Jesus – a 2008, data do segundo aniversário de seu falecimento. Nesse intuito, a autora pesquisou nas regiões de atuação de Dom Luciano, começando pela Região Episcopal Belém – São Paulo; Brasília, focalizando os seus dezesseis anos na Conferência Nacional, como Secretário Geral e Presidente; e Arquidiocese de Mariana, Minas Gerais. Também Bogotá, na Colômbia, e Roma, Florença e Turim, na Itália, mereceram atenção da autora, com pesquisas in loco, o que permite a inserção do leitor no conhecimento das atividades de Dom Luciano como Vice-Presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano e sua presença marcante e imprescindível nas Conferências Gerais; sua atuação no Pontifício Colégio Pio Brasileiro; nos onze Sínodos dos Bispos; atuação pastoral na Itália, notadamente junto aos pobres e encarcerados.

Conforme expressou o presidente da CNBB e Arcebispo de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha, na Apresentação da obra, “Dom Luciano deixou-nos o testemunho de uma vida dedicada a Deus e à Igreja (….). Homem culto, de inteligência privilegiada, de memória prodigiosa, de extraordinária capacidade de trabalho, de fé sólida e espiritualidade profunda, foi ornado por Deus com muitas virtudes, grandes qualidades e admiráveis carismas (…)”. Bem escreveu o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, no Prefácio: “Tem significado especial que esta obra seja publicada no contexto do Ano Sacerdotal, desejado e proclamado pelo papa Bento XVI para promover uma nova valorização do sacerdócio na Igreja (…)”.

É no seu jeito de romancista e poeta que Margarida, por meio de suas pesquisas e de depoimentos de membros do clero, leigos e mesmo de pessoas assistidas por Dom Luciano, “mostra que Dom Luciano nunca deixou de ser uma pessoa simples e de ter uma atenção carinhosa por toda pessoa que dele se aproximasse.(….) Por isso, muitos o recordam como o irmão e pastor, o homem de Deus, o fiel servidor da Igreja, profeta da esperança, pai, amigo dos pobres, defensor da vida e da dignidade humana, uma pessoa única”.

Outros livros de Margarida Drumond de Assis: os romances Aconteceu no cárcere, Tempo de saudade, Um conflito no amor, Pegadas no tempo e No acerto dos bondes; o ensaio Preito a José de Alencar; de poesias Busca de você, Além dos versos e De novo o amor; de crônicas Não dá pra esquecer e Isso, aquilo e mais um pouco; o documentário biográfico, Padre Antônio de Urucânia, a sua bênção; e Aconteceu no cárcere – roteiro cinematográfico.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Campanha da Fraternidade 2010

A Campanha de Fraternidade Ecumênica visa a fortalecer os laços de fraternidade e de cooperação do povo cristão a serviço da transformação da sociedade brasileira para que seja mais justa e solidária”. A afirmação é do presidente do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), pastor luterano Carlos Möller, ao abrir ontem, 10, o ato de lançamento do material da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010, que abordará o tema “Economia e Vida”. O evento aconteceu no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
Além de religiosos das cinco Igrejas que compõem o Conic, o ato contou com a presença da senadora Mariana Silva, do economista Paul Singer e do subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Perly Cipriano, além de turistas que visitavam o local. Um grupo que trabalha com a economia solidária, em Duque de Caxias (RJ), veio especialmente para o evento, carregando uma faixa de apoio à Campanha da Fraternidade do ano que vem.
“O Conic não quer criticar os sistemas econômicos, mas espera que a Campanha da Fraternidade mobilize as Igrejas e a sociedade para dar respostas concretas às necessidades básicas da pessoa humana e à salvaguarda da natureza”, disse o secretário geral do Conic, reverendo Luiz Alberto Barbosa, um dos coordenadores da próxima Campanha da Fraternidade que, pela terceira vez, será ecumênica. “É preciso educar a sociedade afirmando que um novo modelo econômico é possível e denunciar as distorções da realidade econômica existente para que a economia esteja a serviço da vida”, completou o reverendo.
“Eu sonhava com a Campanha da Fraternidade sobre economia e vida. Este sonho está se realizando neste momento”, disse o economista Paul Singer, um dos convidados para o evento. Singer criticou a economia capitalista “que não gera vida” e “que não realiza justiça”. “Antes eu queria que o capitalismo fosse destruído. Agora penso que ele precisa ser superado”, disse o economista. “O amor deve entrar na discussão da economia. Além de água e alimento, carecemos de ser amados”, acentuou. Para o economista, não existe apenas uma economia, mas “economias”.
A ex-ministra e senadora, Marina Silva, destacou que a economia deve ser vista na perspectiva da solidariedade que implica uma “nova forma de nos relacionarmos com os outros e com a natureza”. Ela condenou o pragmatismo que tem tirado dos jovens o direito de sonhar. “O pragmatismo tem destruído a natureza, as relações políticas e tem levado os jovens a não sonhar e a não querer transformar o mundo”, disse Marina
Segundo a ex-ministra, é necessário pensar a economia como fonte de vida. “Precisamos mudar a nossa forma de produzir, de consumir e de nos relacionarmos com a natureza”, disse.
Já o subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Perly Cipriano, entende que a próxima CF será dirigia “aos que têm fome de pão e sede de justiça”. “O material (da CF) servirá a todas as pessoas, escolas, sindicatos, mídia e Igrejas. Ajudará para que as pessoas pensem: a economia (que temos) serve para atender às necessidades das pessoas ou para oprimi-las”, sublinhou.
A Campanha da Fraternidade de 2010 só começará na quarta-feira de Cinzas, dia 17 de fevereiro. O material é lançado com antecedência para que as lideranças se capacitem a fim de levar o debate às comunidades. O lema que vai animar as discussões desta Campanha é extraído do evangelho de São Mateus: “Vocês nãopodem servir a Deus e ao dinheiro”.

A principal publicação sobre o conteúdo da CF é o texto base, um livro de 80 páginas, escrito com a participação de peritos em economia. “O sistema econômico deve visar o bem comum. Recebemos os bens para a vida e não a vida para a riqueza”, disse o reverendo Luiz Alberto. Um kit com todo o material foi entregue aos participantes do evento, inclusive à imprensa. Publicado pelas Edições CNBB, o material estará disponível nas livrarias católicas na próxima semana.

A cerimônia no Cristo Redentor foi encerrada com uma oração ecumênica presidida pelo secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, e pelos pastores das outras Igrejas presentes ao ato.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Deserto humano Papa Bento XVI: Coragem, não tenham medo do deserto da vida

Deserto humano Papa Bento XVI: Coragem, não tenham medo do deserto da vida 06.09.2009 – Bento XVI realizou, neste domingo, sua visita pastoral às cidades italianas de Viterbo e Bagnoregio, localizadas na região do Lácio. O pontífice partiu de Castel Gandolfo e chegou às 9h locais ao Campo Esportivo Municipal “Rocchi”, em Viterbo. Na esplanada do Vale Faul, local onde foi realizada a santa missa, o papa saudou o bispo de Viterbo, Dom Lorenzo Chiarinelli, as autoridades civis e militares, os representantes do governo, o prefeito da cidade e todos os fiéis ali presentes. Em sua homilia, o pontífice sublinhou que na primeira leitura o profeta Isaías encoraja os corações desanimados e diz que quando o Senhor está presente se abrem os olhos do cego e os ouvidos do surdo, o coxo pula como um cervo. “Tudo renasce e tudo revive porque águas benéficas irrigam o deserto”. O deserto em sua linguagem simbólica se refere aos eventos dramáticos, às situações difíceis e a solidão que sempre marca a vida do ser humano. E o papa ressaltou: “O deserto mais profundo é o coração humano, quando ele perde a capacidade de ouvir, de falar, de se comunicar com Deus e com os outros. Torna-se cego porque incapaz de ver a realidade; fecham-se os ouvidos para não ouvir o grito que implora ajuda; se endurece o coração na indiferença e no egoísmo. Mas agora – anuncia o Profeta – tudo é destinado à mudança; a terra árida será irrigada por uma nova linfa divina. E quando o Senhor vem, fala com autoridade, aos desanimados de coração, de todos os tempos: “Coragem, não tenham medo”! Já no Evangelho de Marcos, Jesus dizendo “Efatá”, ou seja, “Abre-te”, cura um homem surdo que falava com dificuldade. Bento XVI disse que vemos neste sinal o “ardente desejo de Jesus em vencer no homem a solidão e a incomunicabilidade criadas pelo egoísmo, a fim de dar fisionomia a uma nova humanidade, a humanidade de escuta e da palavra, do diálogo, da comunicação, da comunhão. Uma humanidade boa, como boa é toda a criação de Deus; uma humanidade sem discriminação e sem exclusão”. O Santo Padre exortou a Igreja em Viterbo a abrir seu coração à Palavra de Deus, a ter coragem de anunciar o Evangelho, a seguir o itinerário de salvação e a nutrir-se dos sacramentos, que congrega todos os cristãos. Ele ressaltou a importância de investir na “educação para a fé, como busca, como iniciação cristã, como vida em Cristo e a esta experiência são convidadas as paróquias, as escolas, as famílias, as várias associações, os catequistas e todos os educadores”. Bento XVI citou como modelos a serem seguidos alguns santos de da província de Viterbo, considerados autênticos pioneiros na educação como Santa Rosa Venerini, São Boaventura de Bagnoregio, Santa Lúcia Filipini, Santa Jacinta Marescotti, beata Gabriela Sagheddu, Domingos Bárberi, entre outros. Junto com a educação para a fé, o papa ressaltou também a importância do testemunho de fé, que se torna operosa por meio da caridade. Nesta perspectiva as obras da Igreja se tornam sinais da fé e do amor de Deus, que é Amor – como recorda o papa em suas encíclicas Deus caritas est e Caritas in veritate. O Santo Padre exortou os fiéis de Viterbo a prestarem atenção aos sinais de Deus, pois ele continua nos revelando hoje o seu projeto através de eventos e palavras. “Ouvir a sua Palavra e discernir os seus sinais deve ser o empenho de cada cristão e de toda comunidade” – frisou o papa, que acrescentou: “Fiéis leigos, jovens e famílias, não tenham medo de viver e testemunhar a fé nos vários ambientes da sociedade, nas múltiplas situações da existência humana. E isto, Viterbo soube expressar com pessoas de prestígio. Passam as estações da história, mudam os contextos sociais, mas não muda e não sai de moda a vocação dos cristãos a viver o Evangelho na solidariedade com a família humana. Nisso consiste o empenho social, o serviço próprio da ação política, o desenvolvimento humano integral”. O papa exortou a Igreja em Viterbo a não ter medo e a confiar em Cristo, quando o coração se desanimar no deserto da vida e finalizou sua homilia pedindo a intercessão de todos os santos daquela região e de Nossa Senhora do Carvalho, padroeira da diocese de Viterbo, a fim de que os fiéis tenham o desejo de proclamar, com palavras e ações, a presença e o amor de Cristo. (MJ) Fonte: Rádio Vaticano PS. Vejam que o Santo Padre se refere ao deserto do coração humano. Isso se refere a passagem do Apocalipse: a mulher foi levada para o deserto, por 1260 dias… Ou seja: exatamente os dias que estamos vivendo. O Papa sabe das coisas. Fonte: Recados do Aarão

A Igreja necessita dos meios de comunicação, diz Dom Orani A Igreja necessita dos meios de comunicação, diz Dom Orani

O Brasil é, hoje, um dos países com o maior número de TVs de inspiração católica. E para melhor articular estas mídias e alcançar a unidade, a Comissão Episcopal de Pastoral para a Cultura, Educação e Comunicação da CNBB promoveu mais uma reunião entre as emissoras, na sede da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), nesta terça-feira, 15.

O presidente da Comissão e Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, destacou como a Igreja necessita hoje dos meios de comunicação para a evangelização e para comunicar a Palavra de Deus. “Jesus Cristo é o comunicador do Pai e nos enviou enquanto Igreja para comunicar, então o processo de comunicação é essencial”, enfatizou o arcebispo.

“Cada mídia tem o seu direcionamento e visa públicos diferentes e é nessa diversidade que temos a riqueza. E a unidade vem pela própria fé e pela articulação com essas reuniões”. Com esta afirmação, Dom Orani, explica o sentido deste encontro de organizar e promover uma maior articulação entre as emissoras de inspiração católica.

Após presidir a Santa Missa que antecedeu a reunião, o Arcebispo do Rio de Janeiro acolheu os representantes das TVs Canção Nova, Século XXI, Nazaré, Horizonte, Rede Vida e Aparecida e ressaltou que uma das propostas da Comissão é organizar a Signis Brasil. A entidade tem como objetivo congregar todas as mídias de inspiração católica e será filiada à Signis internacional (Associação Católica Mundial para a Comunicação), que é vinculada ao Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais. “Estamos trabalhando para que aconteça a Signis Brasil e vai ter parceria com o setor Comunicação da CNBB. É uma maneira de organizar porque a mídia católica tem o direito de se organizar e formar sua própria entidade”, afirmou o presidente da Comissão Episcopal.

Além das pautas tratadas na reunião, como as novas tecnologias e a Liturgia das Missas para as transmissões pelas TVs, a jornalista e professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Viviane Medeiros, falou sobre o jornalismo nos meios católicos, destacando que estas mídias podem também abranger um público mais amplo e tratar de temas de prestação de serviço.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O Padre é todo de Cristo e da Igreja

“O Sacerdote deve ser inteiramente de Cristo e também da Igreja, á qual é chamado a dedicar–se com amor indiviso, como um esposo é fiel em relação a sua esposa”, afirma o Papa Bento XVI.

O Papa Bento XVI pergunta: qual é a finalidade do ANO SACERDOTAL? Ele mesmo responde: “(...) ele pretende contribuir para promover o compromisso de renovação interior de todos os sacerdotes, para um testemunho evangélico mais forte e incisivo no mundo de hoje”, (L’OS SEVATORE ROMANO, 04 de julho de 2009).

O padre é um homem escolhido pelo Senhor Deus com uma vocação para viver o dom do celibato, o desapego das coisas materiais e a obediência a seus superiores.

O padre deixe tudo pelo Reino de Deus. Esta preparando para levar a Boa Nova de Jesus Cristo a qualquer parte do mundo.

A missão da Igreja é messionar e o padre é um fiel missionário. A consciência missionária do sacerdote é imensurável. Fiel a Igreja de Cristo, o padre executa com fidelidade a sua missão de mensageiro da paz, da justiça e da verdade da salvação eterna.

O Padre é todo de Cristo, todo da Igreja e inteiramente fiel ao Evangelho do Reino de Deus. Seu compromisso é pregar todo o conselho de Deus (Atos 20,27). Anunciar a palavra da verdade em qualquer oportunidade (2 Tm 4,1-3). Ser amigo fiel de Cristo até a morte (Mt 25,21; Jo 15, 14.15).

Todo trabalho do sacerdote é coroado com o seu testemunho de santidade. A vida santa de um sacerdote é a maior pregação do evangelho. A principal via para o sacerdote ser respeitado e amado é a da santidade.

A perfeita vontade do bom Pai Celestial é a santificação de seus filhos (ler Mt 5,48; Rm 12,1.2; 1 Ts 4,3.4).

O excelente testemunho do padre faz da Igreja santuário de vida faz a Igreja cair na graça e no amor do povo e prepara os corações para ser tronos do Reis Jesus.

O filosofo grego Platão afirmou: “Que a beleza é tudo”. Podemos afirmar que a santidade é tudo para o sacerdote. Daí, o sacerdote deve manter uma vida plena de oração e a comunidade muito mais por ele.

A GRAÇA DO ANO SACERDOTAL

O Cardeal Dom Cláudio Hummes, Prefeito da Congregação para o Clero, explicou as razões desse Ano Sacerdotal. Transcrevo, a seguir, algumas passagens de sua Carta.

O Ano Sacerdotal (...) esta ás portas. “(...) Queremos empenhar-nos com determinação, profundamente e fervor, a fim de que seja um ano amplamente celebrado em todo o mundo, nas dioceses, nas paróquias e em cada comunidade local, como envolvimento caloroso do nosso povo católico, que sem dúvida ama seus padres e os quer ver feliz, santos e alegres no trabalho apostólico quotidiano”.

“Deverá ser um ano positivo e propositivo, em que a Igreja dirá antes de tudo aos sacerdotes, mas também, a todos os cristãos e á sociedade mundial (...) que ela se orgulha de seus sacerdotes, os ama, os venera, os admira e reconhece com gratidão seu trabalho pastoral e seu testemunho de vida. Realmente, os sacerdotes são importantes não só pelo que fazem, mas também pelo que são. Este ano seja também ocasião para (...) um ano de oração dos sacerdotes, com eles e por eles, um ano de renovação da espiritualidade do presbitério e de cada presbítero. A adoração eucarística pela santificação dos sacerdotes e a maternidade espiritual de monjas, religiosa consagradas e de leigas referente a sacerdotes, como já proposto, tempos atrás, pela Congregação para o Clero, poderiam ser desenvolvidas com frutos reais de santificação”.

CONCLUSÃO

Com a graça do Ano Sacerdotal, vamos realizar em prol dos nossos sacerdotes atividades para o enriquecimento do seu Santo Ministério.

Que o Divino Espírito Santo inspire cada comunidade para ajudar gloriosamente a vida sacerdotal do seu padre em todos os sentidos.

O Padroeiro dos sacerdotes, o Santo Cura d’Ars, disse: “O sacerdote, depois de Deus é tudo”. “Oh! Como é grande o sacerdote! Somente no céu havemos de compreender a sua dignidade. Se a compreendêssemos na terra, morreríamos não de temor mais sim de amor”.

Oremos sem cessar pelos sacerdotes.

“Deus e Senhor nosso, protegei a vossa Igreja, dai-lhe santos pastores e dignos ministros”.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Papa aos sacerdotes: vocação de ser “outro Cristo”

Propõe o Santo Cura d’Ars como modelo

O sacerdócio não é meramente um “serviço” aos demais; o centro de uma vocação sacerdotal é a configuração da própria pessoa com Cristo, afirma Bento XVI.

O Papa dedicou a tradicional catequese de quarta-feira a aprofundar no significado do recém-inaugurado Ano Sacerdotal, com o qual se comemora o 150º aniversário da morte do Santo Cura d’Ars.

“Este novo ano jubilar nos convida a olhar um pobre agricultor convertido em humilde pároco, que realizou seu serviço pastoral em um pequeno povoado”, explicou o Papa aos presentes.

“Por que um Ano Sacerdotal? Por que precisamente na recordação do santo cura d’Ars, que aparentemente não fez nada de extraordinário?”, perguntou.

Para Bento XVI, não é “casual” que o encerramento do Ano Paulino tenha coincidido com o começo do Ano Sacerdotal. Dois santos, Paulo e João Maria Vianney, que “se diferenciam muito pelos trajetos de vida que os caracterizaram”.

No entanto, “algo fundamental os une: sua total identificação com seu próprio ministério, sua comunhão com Cristo que fazia Paulo dizer: ‘Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim’. Já São João Maria Vianney gostava de repetir: ‘Se tivéssemos fé, veríamos Deus escondido no sacerdote como uma luz atrás do cristal, como o vinho mesclado com a água’”.

O Papa explicou que hoje é difícil viver o ministério sacerdotal “num mundo em que a visão comum da vida compreende cada vez menos o sagrado, em cujo lugar o ‘funcional’ converte-se na única categoria decisiva, a concepção católica do sacerdócio poderia correr o risco de perder sua consideração natural, inclusive dentro da consciência eclesial”.

“Não é casual que tanto nos ambientes teológicos como também na prática pastoral concreta e de formação do clero, contrastam-se, e inclusive se opõem, duas concepções diferentes do sacerdócio”, uma “social-funcional” e outra “sacramental-ontológica”.

A primeira “define a essência do sacerdócio com o conceito do ‘serviço’: o serviço à comunidade, na realização de um função...”, enquanto a outra “não nega o caráter de serviço do sacerdócio, mas que o vê ligado ao ser do ministro e considera que este ser está determinado por um dom concedido pelo Senhor através da mediação da Igreja, cujo nome é sacramento”.

Na realidade, esclareceu, “não se trata de duas concepções contrapostas, e a tensão que contudo existe entre elas deve-se resolver a partir de dentro”.

“O sacerdote é servo de Cristo, no sentido de que sua existência, configurada ontologicamente com Cristo, assume um caráter essencialmente relacional: ele está em Cristo, para Cristo e com Cristo ao serviço dos homens.”

“Precisamente porque pertence a Cristo, o sacerdote está radicalmente ao serviço dos homens: é ministro de sua salvação, de sua felicidade, de sua autêntica libertação”, assinalou o Papa.

A respeito do “ministério da palavra” próprio dos sacerdotes, esclareceu que “a pregação cristã não proclama “palavras”, mas a Palavra, e o anúncio coincide com a própria pessoa de Cristo, ontologicamente aberta à relação com o Pai e obediente a sua vontade”.

“Um autêntico serviço à Palavra requer por parte do sacerdote que tenda a uma abnegação profunda de si mesmo”, acrescentou. “O presbítero não pode considerar-se ‘amo’ da palavra, mas servo”.

Isso “não constitui para o sacerdote um mero aspecto funcional. Ao contrário, pressupõe um substancial “perder-se” em Cristo, participando em seu ministério de morte e de ressurreição com todo o próprio eu: inteligência, liberdade, vontade e oferecimento dos próprios corpos, como sacrifício vivo”, afirmou.

O Papa expressou seu desejo de que o Ano Sacerdotal favoreça “o fortalecimento de cada presbítero até a perfeição espiritual da qual depende sobretudo a eficácia de seu ministério”.

Trata-se de “ajudar os sacerdotes e, com eles, todo o Povo de Deus, a redescobrir e revigorar a consciência do extraordinário e indispensável dom da Graça que o ministério ordinário representa para quem o recebeu, para toda Igreja e para o mundo, que, sem a presença real de Cristo, estaria perdido”.

(Inma Álvarez)